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Tudo é Caminho

  • mize jacinto
  • 7 de abr. de 2021
  • 1 min de leitura

Vejo agora que nunca me perdi no caminho,

Que tudo foi caminho.

Que nada me falta,

Jamais me pode faltar alguma coisa,

Porque sou tudo,

Faço parte de tudo.

E nesta imensidão de possibilidades deixo-me guiar

Pela Força da Vida que me move,

Sabendo que a terra que me sustenta também sou eu,

E que os meus ossos ficarão por mais tempo

Do que a memória dos meus desenganos.


Assim, agradeço por tudo;

Arrebatada por tudo, sorrio,

Nos meus olhos moram todas as viagens,

As que fiz, e as que ainda nem sonhei.

E de todas as lágrimas se fez também a história

Que o tempo há-de integrar.


Sou uma célula-mãe,

O uivo-nascente,

O sono profundo,

Pés firmes no caminho que se revela a cada momento.

O passado e o futuro cruzam-se,

Enquanto me movo, ou me aquieto observando outras tantas danças ao meu redor.


Não pertenço a lugar nenhum,

Porque sou todos os lugares.


Os elementos de que o meu corpo-terra-raiz-sopro é feito, não me definem.


Nada me define.


E um dia, num fragmento do tempo, uma luz,

Um delírio, uma visão,

Talvez o Grande Mistério sussurre o meu nome de novo.


Todos os caminhos, todas as escolhas,

Todas as vezes que brilhei no Amor,

E as tantas que também fui sombra,

Em todos os momentos fui infinito sem saber.


Fui tudo, e fui nada.


Abril 2020


 
 
 

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