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Amala


Assim se celebra a Vida, o passar do tempo, inevitável loucura que nos esmaga os ossos e nos liberta a alma. Assim nos embriagamos no sentir que nos liga, nos envolve e revolve, numa teia e trama difícil de descrever. Assim se brinca, trazendo bálsamos para os olhos, perfumes sagrados que que a memória liberta, pouco a pouco. Assim se dança, num jogo sem regras, ajustando cada passo ao pulsar do coração, como que uivando e grunhindo, e libertando pele por pele, até não sobrar nada se não as ganas de viver, mais e mais, tanto quanto esta vida-corpo-estrela permitir. Até sermos de novo borboletas cósmicas, e sermos, assim o espero, recordadas pelo Amor que fomos, e sempre seremos. O resto é poeira e poesia. Serve-nos a inspiração a sermos vasos, e torneiras, e lamparinas em tempos de incrível e rara beleza, e de caos bárbaro e agonizante. E sei-te Irmã, de mãos abertas, de fogo nas ventas, de coração-farol, na tua verdade que também é minha - que esta vida sem PRAZER não tem graça, e que somos nós a nossa própria foice e a nossa própria linha e agulha. E amo-te por seres o que és.

Mizé Jacinto, Julho 2019

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